terça-feira, 8 de outubro de 2013

Não sou eu.



Não sou eu, não é por mim.

Isso vai muito além.
Caminha por trilhas já desbravadas, porém desconhecidas, só pra saber qual é a surpresa ao final dela, e se os olhos se acostumarão ou não com a extrema luminosidade da clareira, depois de tempos na escuridão presenciada entre as árvores, com seus troncos altos e suas copas escondendo o céu.

Não, isso vai muito mais longe.
Atravessa um oceano inteiro a nado, pra poder sentir a sensação de pisar novamente em terra firme, e quanto tempo os pés demorarão para se readaptar. Pois a água tirará todo o equilíbrio.

Isso tudo independe apenas de mim.
Os clichês que pairam sobre esse assunto nunca me saciaram e me fizeram acreditar ou aceitar, muito menos que eu não quisesse descobrir por mim mesma.

Isso não seria por mim.

Ou não.

Talvez eu esteja errada. Talvez seja tanto por mim, e essa minha autossuficiência esteja me cegando fazendo com que a confusão se torne ainda maior.

Vai ver eu tô precisando dar uma andada numa trilha escura, praticar minhas aulas de natação com destino à Inglaterra... Só não digo pular de paraquedas sem um, porque aí já seria exagero. E isso não dependeria só de mim.