Queridos leitores, como vocês estão?
Estou super feliz, pois eu a Amanda do blog (perfeito, sério vocês
deveriam ler e acompanhar e salvar o link nos favoritos) 2% de Você resolvemos
retomar o projeto Invisíveis Certezas. A história do Gui e da Alicia
precisa de um final, vocês não acham?
Hoje, nós estamos compartilhando o 3° capítulo desse conto.
Para quem quer ler os capítulos anteriores para relembrar, ou conhecer nossa proposta, criei uma página especial para isso, onde estão disponíveis todos os links necessários para ficar por dentro de tudo e de cada detalhe. Clique aqui e confira.
Obrigada pelo carinho, atenção e tempo de todos vocês. Boa leitura!
Ah, que sono!
Acordei cedo hoje, como de costume, mas estou quase cedendo à tentação
da minha cama, que diz: "Guilherme, chega mais, parceiro".
Enquanto minha mãe está na cozinha preparando o que deve ser meu café da
manhã (sem ofensas mamãe, mas ser saudável não tem absolutamente nada a ver com
comer verduras em todas as refeições do dia), meu pai está assistindo à um
programa educativo na sala. Não deve ser impressão minha o fato dele ter
aumentado o volume da TV para que eu possa ouvir o que o especialista em
comportamento dos jovens está falando sobre internet. "FAZ A MAL À
SAÚDE!" repete ele, freneticamente. Como se eu fosse o tipo que fica o dia
todo conectado. Bom, só quando posso.
Fiz uma rápida conta mental e vi que já faz 10 dias desde a última vez
que vi a Alícia “disponível”. Pelo menos, um pouco antes dela dizer tchau, eu
me lembrei de pedir o número do seu celular. Pelo que pude perceber, ela devia
ter muita coisa para fazer durante o dia, mas deu para conversarmos melhor, por
torpedos.
...
-Ei, Gui! - Sério, eu não sou a pessoa mais ranzinza desse mundo, mas a
Marcela fazia parecer acordar de MADRUGADA para ir à escola um exercício
totalmente prazeroso.
-Tudo bem? - consegui responder na maneira menos forçada que consegui.
Estávamos no intervalo, eu estava pensando na Alícia e comendo o sanduíche
de peito de peru, que comprei no caminho da escola já que o café da mamãe não
me pareceu a melhor escolha para aquele dia em que eu estava especialmente com
vontade de manter a comida dentro do estômago.
-Ótima! Então, o que rola pro sabadão?
Ia dizer: "Hum, com você? Nada." Mas optei por:
-Ah, estou cansado. Acho que vou preferir ficar em casa mesmo.
Eu estava planejando ligar para Alícia novamente, no sábado. Foi
incrível ouvir o som da sua voz, e, mesmo à distância, perceber sua timidez
quando disse que também gostaria de me ver pessoalmente. Não conseguia entender
como, só sabia que o sentimento que estava ali dentro de mim não era nada
comparado ao que eu senti nos dois anos que namorei com a Marcela. Com a Alícia
era diferente, nada era forçado. Os assuntos não tinham fim, era tudo muito
natural, tão espontâneo como quando eu me fascinei com aqueles lindos olhos cor
de mel, pela foto do seu perfil.
-Poxa, você já foi mais animado hein!? Quando namorávamos...
E aí ela começou - de novo - a discorrer sobre quando tínhamos 15 anos,
até 5 meses atrás, quando ainda éramos um casal. Eu já tinha dito a ela para
parar com isso, mas não adianta. Agora, quando ela começa a falar sobre isso,
eu finjo que presto atenção enquanto viajo mentalmente. Ultimamente, eu tenho
um destino certo para ir: São Lourenço, a cidade da garota dos meus sonhos.
O sinal que nos avisava que era hora de voltar para a sala de aula
bateu. Quinze minutos depois, meu celular vibrou em meu bolso. Não imaginei que
fosse a Alícia, pois ela já havia respondido minha mensagem de "Bom
dia", e sei o quanto é ligada aos estudos, não era de conversar durante a
aula.
Como era aula de Física, resolvi abrir a mensagem depois. Estava com uma
prova marcada para dali 2 dias, e mesmo me dando melhor em Exatas, decidi não
arriscar a perder nenhuma parte da matéria.
Quando a aula terminou, nós tivemos 5 minutos até que a professora de
Biologia, Fernanda, chegasse. Lembrei-me do SMS recebido. Ao abrir, não pude
conter os pensamentos que inundaram minha mente e tomaram conta do meu ser. Foi
como se as expectativas para o futuro ficassem, de alguma maneira,
concreta. Apenas foram invadindo e ficando permanentes. Como se a possibilidade
de sentir o cheiro da Alícia fosse suficiente para me deixar feliz
por toda a eternidade:
"PARECE QUE ALGUÉM VAI ME VER EM BREVE. SE EU FOSSE DAR UMA DICA DE
QUEM SEJA, DIRIA QUE É O GAROTO MAIS LINDO DA CAPITAL PAULISTA."
Para
conferir a versão feminina desses acontecimentos, narrados pela nossa querida
Alicia, clique aqui.
O quarto capítulo já foi postado, vem ler!
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