quinta-feira, 11 de julho de 2013

O nome do amor - 1° parte

Oi gente! Tudo bem? Espero que sim.
Bem, a algum tempo eu escrevi um conto, e só agora resolvi compartilhar com vocês. Vou postá-lo aqui, dividindo-o em partes.  Peço que comentem para que eu saiba o que vocês estão achando. Tomara que vocês gostem.



Introdução:

Quem foi que disse que pra ser feliz eu preciso de um namorado? Ah é, foi a Ester, minha melhor amiga. Não concordo, mas o tempo que eu levaria explicando a ela os prós de ser solteira quando se tem 17 anos não valeria porque no final ela ainda estaria convencida e obcecada em me arrumar um namorado. Ela está solteira, mas á procura. Os contos de fada são sua principal inspiração. Acho bonito que ela acredite tanto assim no amor, mas isso de ficar apaixonadinha não é para mim.

Não estou em busca de um namorado. Se o amor existe mesmo, ele vai ter que me encontrar.


São nossas últimas férias escolares antes de nos formarmos e irmos para a faculdade. Eu de jornalismo e Ester de moda e design.
Viemos com nossa turma para Salvador, depois de tanto discutir o destino da viagem. Nós somos do Rio de Janeiro e estávamos cansados de ir sempre aos mesmos lugares, e como é nossa derradeira oportunidade de passar um tempo juntos antes de terminar a escola, resolvemos fazer alguma coisa legal, para ficar marcado. Então, a capital baiana pareceu ser a solução para o nosso problema. Demorou um pouco para convencer alguns pais, mas no final, depois de muitos pedidos e demonstrações do quanto seria bom, eles concordaram. Afinal, a família do Cézinha ia vim passar as férias aqui, e eles concordaram em ficar de olho na gente. Não eram férias para a maioria dos colégios, mas nós começamos o período letivo mais cedo esse ano, então a direção deu três semanas de recesso para nós. Tiramos férias em julho, estudamos agosto, setembro, e outubro, e agora em novembro estamos de folga novamente. As aulas terminam no final de dezembro.
Faz uma semana que estamos aqui e eu estou amando.
Hoje o pessoal resolveu fazer umas aulas de surf na praia do Flamengo. Mesmo morando no Rio, não sabemos surfar e meus amigos precisaram atravessar 1209 Km para sentirem interesse em praticar esse esporte.
Mesmo achando que isso seria uma ótima oportunidade para mostrar a todos o quão descoordenada eu sou, preferi não fazer essa aula. Não podia ser tachada de estraga prazeres da turma, então disse a Ester que queria ficar na areia para paquerar uns gatinhos (eu não tinha a menor intenção de fazer isso). Ela aceitou na hora e disse que daria um jeito dos outros pensarem que estou passando mal para não ficarem me incomodando. Foi mais fácil do que eu pensei.
Achei um lugar vazio na areia, armei o guarda-sol, ajeitei minha cadeira em baixo dele e comecei a ler.
Pouco tempo depois, senti um impacto no meu braço. Era um bombom.
“Um bombom?” pensei.
Junto dele, havia um bilhetinho:
“NÃO ESQUENTA, AS CALORIAS DE UM BOMBOM A GENTE QUEIMA RAPIDINHO COM ALGUNS BEIJOS.”
Senti uma pontada no estômago. Que ridículo! Será que nem ler eu poderia?
Deixei o bombom de lado e continuei a leitura.
Passado alguns instantes eu senti uma batida novamente. Adivinha? Era outro bombom.
“GATA, VOCÊ SÓ TEM UM PROBLEMA: SUA BOCA ESTÁ MUITO LONGE DA MINHA.”
Eu estava quase me concentrando novamente quando... Sim, mais uma batida.
-Já chega! Qual é o seu problema?
Me virei com tudo e vi um garoto correndo em minha direção com uma expressão assustada.
-Desculpa, foi sem querer...
Ele disse pegando a bola que tinha me acertado dessa vez.
-Ah, não. Tudo bem, é que eu pensei que fosse outra pessoa – eu disse quando vi que não se tratava do dono da brincadeirinha dos bombons.
-Eu sei, os moleques dos bombons não é? Eu os vi jogando em você.
Ele apontou para trás e eu vi uns garotos rindo e fingindo que não estavam me olhando.
-Sim, eles mesmos – disse já voltando meus olhos para o livro.
-Prazer, sou o Lucas – ele disse, sentando-se ao meu lado.
-Oi, Lucas – eu disse, me levantando.
-Essa é a hora que você diz seu nome.
-Não costumo seguir certas regras de etiqueta.
-Como deixar os outros falando sozinhos, virar as costas e ir embora? – ele se levantou.
-Eu diria que é mais algo sobre não falar com estranhos – terminei de pegar minhas coisas e comecei a andar.
-Tecnicamente não sou um estranho, você sabe meu nome.
-É, mas você não sabe o meu.

2 comentários:

  1. Belinha, estou muito orgulhosa por ver você escrevendo assim! Acho que que é porque nunca consegui escrever do mesmo jeito: com tanta criatividade e sabedoria! Seu blog é lindinho...adorei. Beijos da sua prima que te ama.

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    1. Obrigada Mandinha <3
      É muito, muito, muito (...) importante saber que você gostou.
      Te amo muitão viu?
      Beijinhos, saudades.

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