terça-feira, 30 de julho de 2013

O nome do amor - 3° parte

Oi pessoal! Estou aqui hoje para postar a terceira parte do conto O nome do amor. Estão ansiosos para saber mais sobre a história da Laura e do Lucas? 
Para quem não está entendendo nada do que estou falando, leia primeiro a parte 1 e a parte 2.
Gostaria de pedir para que deixassem a opinião de vocês como comentário.
Sem mais delongas (HAHA), espero que gostem. <3





-Bom dia!
Lucas estava com uma bermuda verde-seco, uma camiseta branca e chinelos pretos. Foi a primeira vez que realmente reparei nele. Tinha o cabelo castanho curto, olhos também castanhos profundos e intensos. Ele sorriu quando cheguei perto e seu sorriso era lindo. Era forte, mas não a ponto de se parecer que tomava algum tipo de anabolizante. Ele era bonito, conclui.
-Oi, bom dia!
-Seus amigos já foram?
-Não, os meninos estão esperando as meninas se arrumarem.
Ele riu.
-Não entendo. Elas vão apenas surfar!
-O que não é motivo para não ficarem bonitas.
Fomos á uma cafeteria que ele disse ter visto no caminho para me buscar.
Nos sentamos e pedimos dois mistos quentes e dois sucos de laranja.
-Você está linda – ele disse assim que a garçonete saiu com nossos pedidos. Eu estava com um vestidinho bege, cabelo solto, tiara na cabeça e uma rasteirinha gladiadora de tiras de couro. Nada de mais.
-Obrigada, você é muito gentil – pensei mais um pouco e disse: - Você também está muito bonito.
Sorri e abaixei os olhos.
-Espero que não tenha dito só por educação – ele disse, meio envergonhado.
-Não costumo seguir regras de etiqueta, lembra?
Ele fingiu estar tentando se recordar, sorriu e disse:
-Bom, então obrigado.
Olhei em volta, o lugar não estava cheio. Era aconchegante.
Suas mesas brancas e impecavelmente limpas, suas cadeiras marrons, e seu piso de madeira.
-Ontem quando cheguei em casa a primeira coisa que o Vitor, meu amigo, me perguntou foi ‘e aí, qual é o nome dela?’
-Sério?
-Sim, ele me viu conversando com você na praia quando fui buscar a bola e me obrigou a contar para ele o que eu tinha te dito que você saiu sem nem olhar para trás. Comentei que você se recusou a dizer seu nome. Então quando me viu indo te encontrar ontem de noite, presumiu que tivesse descoberto.
-Então você disse que me chamo Laura – conclui.
-Na verdade, não. Tive tanto trabalho para descobrir que me sentiria meio enciumado se contasse para ele. Hoje eu satisfaço sua curiosidade.
 Eu sorri.
-Não me parece certo.
-Foi exatamente isso que pensei quando me negou dizer como se chamava, ontem.
A garçonete chegou com nosso café da manhã.
A comida estava muito boa, para falar a verdade.
-Então você veio com seus pais e seu amigo?
-Sim, e meu irmão mais novo de oito anos, o Alan.
-O Vitor não ficou chateado por você tê-lo deixado para vir ficar com uma estranha? –perguntei.
-Não é mais uma estranha, já sei seu nome agora. E não, ele é bem chegado com minha família. Somos amigos desde muito pequenos.
-Sim, minha melhor amiga Esther também.
-Mas e você, tem irmãos?
Terminei de adoçar meu suco.
-Sim, Isadora de 27 anos. Ela mora no Canadá agora, conheceu seu marido aqui e ele é de lá, então...
-Você tem vontade de ir morar fora do país também?
-Não, eu gosto de mais aqui do Brasil.
-Que bom – ele pareceu aliviado. Não consegui segurar o riso, porque ele realmente parecia feliz por eu não querer ir morar no exterior. Foi sincero, e isso é uma grande qualidade.
Terminamos de comer e ele não me deixou pagar minha parte.
Lucas me convidou para ir à praia. “Sei que você não é muito disso, mas não precisa me mostrar nenhuma técnica de mergulho para entrar um pouco na água”. Eu contei á ele sobre o porquê de eu não querer fazer a aula de surf.
Eu aceitei. Passamos em casa e eu vesti meu biquíni.
Passamos um tempo na água, jogamos bola, almoçamos, Conversamos sobre muitas coisas. Eu contei a ele sobre meus amigos, Ester principalmente e ele me contou sobre sua amizade com o Vitor. Era fácil conversar com ele. Até tentamos encontrar a família e o amigo dele que disseram que estariam na praia, mas não conseguimos. No final, tínhamos nos divertimos muito.
Já eram quase 5 horas quando eu disse que precisava ir. Não achei que seria muito legal se chegasse de noite em casa, eu nem tinha avisado o pessoal. Apenas falei, quando saí de casa de manhã, que eu ia sair com um amigo e encontraria com eles mais tarde. Não planejava passar o dia todo com o Lucas. Acho que eles já até estavam preocupados.
Ele me levou até em casa e então, nos beijamos. Não foi forçado, ele não tentou criar nenhum clima. Foi natural, e lindo.
Lucas pegou minhas mãos.
-Laura, eu gostei muito de passar o dia com você.
Novamente, não sabia o que dizer. Eu não sou desajeitada apenas no quesito esportes, romance não é minha área.
-Eu também, de verdade. Obrigada por tudo.
-Gostaria de me ver amanhã?
-Se você não se cansou de mim.
Ele olhou em meus olhos.
-Nunca.
Eu pude ver o sentimento em seu olhar.
-Nos vemos amanhã.
Nós trocamos os números de nossos celulares e nos despedimos.
Assim que entrei em casa, vi que estava sozinha. Me arrependi de ter vindo embora, seriam alguns momentos a mais que eu poderia passar com ele. O pessoal devia estar na praia ainda.
Tomei um banho, comi um lanche na cozinha e fui para o meu quarto. Me deitei na cama e repassei mentalmente o dia de hoje.

“É Laura, seu coração está encrencado” – pensei.

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